O tenente-general russo Igor Kirilov, de 54 anos, foi assassinado nesta terça-feira (16) em um atentado com bomba em Moscou, quando saía de sua residência. Kirilov, um dos principais nomes das Forças Armadas da Rússia, foi a maior autoridade militar russa a morrer na capital desde o início da guerra na Ucrânia, em 2022.
De acordo com a agência EFE, a Ucrânia reivindicou a autoria do assassinato. Uma fonte anônima do Serviço de Segurança Ucraniano (SBU), citada pela agência Ukrinform, afirmou que Kirilov era considerado um “criminoso de guerra” devido à sua responsabilidade pelo uso de armas químicas contra tropas ucranianas.
O SBU havia feito essas acusações no dia anterior à sua morte, indicando que o general, como chefe da Defesa Radiológica, Química e Biológica da Rússia desde 2017, ordenou o uso de munições químicas em mais de 4.800 casos desde o início do conflito.
Igor Kirilov é herói na Rússia, mas um vilão para o mundo
Kirilov estava sob sanções internacionais, incluindo do Reino Unido e do Canadá, devido ao seu envolvimento na guerra. Além disso, foi responsável pelo desenvolvimento do lançador de foguetes TOS-2, um sistema de lançamento de longo alcance que atingia alvos a até seis quilômetros de distância. O general também recebeu diversas condecorações, incluindo o título de Herói do Trabalho da Rússia.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, lamentou sua morte, descrevendo Igor Kirilov como um “general intrépido” que lutou “pela pátria e pela verdade”.
Igor Kirilov foi um dos alvos de acusações sobre o uso de cloropicrina, um gás lacrimogêneo tóxico, em ataques contra soldados ucranianos, violando a Convenção sobre Armas Químicas. Em resposta, a Rússia negou as acusações, afirmando que não possuía mais arsenal químico militar.
O assassinato de Igor Kirilov segue uma série de atentados a figuras russas de destaque, como a morte de Darya Dugina e o blogger militar Vladlen Tatarsky.
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