Nos últimos anos foram realizados poucos desfiles carnavalescos em Campos, como se sente enquanto um compositor vitorioso que você é?
– Ao parar para analisar minha trajetória no Carnaval, onde a hegemonia dos desfiles carnavalescos na Avenida XV de Novembro era predominante neste município, tenho a sensação de estarmos exorcizando ideais numa circuncisão geral dos nossos valores culturais. Não vejo nada de novo que possa surgir e algo que me surpreenda, talvez a oficialização em fim. Cepop, Aboipic, editais, desfile fora do calendário, tudo isso não será nada sem o espírito que rege profanamente esta festa. Precisamos da ancestralidade dos fatos e personagens que marcaram épocas, não podemos jamais perder a inspiração de compor o lúdico. Meu Universo é muito Carnaval, mas às vezes me vejo impotente com este modelo de sambas que não se eternizam mais, tirando o brilho das tradicionais comunidades!
Um ritmo de valor
Segunda-feira agora, 2 de dezembro, será comemorado o Dia Nacional do samba, ritmo que melhor representa o Brasil.
Com profundas raízes tanto na Bahia como no Rio de Janeiro, ele também passou a existir em todos os outros estados brasileiros.
Em Campos tivemos e temos vários compositores de samba com destaque além do território campista, sem falar nos que brilharam e brilham dentro do município.
Podemos citra como exemplos de destaque nacional Wilson Baptista, Roberto Ribeiro, Delcio Carvalho, Zé Ramos, Joel Teixeira, Jurandir da Mangueira, Sebastião Motta, Aluísio Machado, entre outros!